DEBORA REBECCHI
BIO
WORK
LOBO
RESIDÊNCIA ODISSSEIA | O Corpo Sobrevivente |Cia. Hiato
estudo sobre Penélope
DANZAFUERA FESTIVAL | Residência Ágora | La Plata, Argentina
UNA SERIE DE DESEOS BREVEMENTE HABITADOS EN CONVIVENVIA (museo de instalaciones performaticas) | Buenos Aires, Argentina
ESBOÇO
Carolina Bianchi está em cena acompanhada por 16 performers do sexo masculino, que formam
um coro em existência extrema numa sequencia desenfreada de ações: correm, despencam no chão, transam com o espaço, transam entre si, falam poemas de Emily Dickinson na tentativa de salvação da própria vida sob a mira de uma arma, personificam a paixão e o horror da própria criadora de monstros: Carolina- que tenta a todo momento desconfigurar e exaltar os arrebatamentos da imaginação. A autora mira a própria obra de dentro, se deixa possuir através do desejo pelos próprios monstros que criou: Uma Mary Shelley apaixonada pelo Frankenstein do seu livro. LOBO é a insistência da tentativa de um novo pacto entre homens e mulheres. Lobo é o fracasso de um novo pacto entre homens e mulheres. Tentar desconfigurar os papéis sexuais dentro da própria obra, abraçar clichês, destruir, se perder. E cantar uma canção violenta de amor, em câmera lenta.

Temporadas no Teatro de Contênier (SP 2018, 2019), Teatro Oficina (SP 2018), SESCs Vila Mariana (2018) e Pompéia (2019), Festival Cena Brasil Internacional (RJ 2018), MITsp (2019), Festival Porto Alegre em Cena (2019).
*A convite do festival Cena Brasil internacional, Debora Rebecchi e Carolina Bianchi conduziram uma residência de duas semanas para 15 artistas no CCBB- Rio de Janeiro.

https://www.carolinabianchiycaradecavalo.com/l-o-b-o

FICHA TÉCNICA
Concepção, direção e dramaturgia /// Carolina Bianchi
Assistência de direção /// Debora Rebecchi, Joana Ferraz, Marina Matheus
Performers /// Allyson Amaral, Antonio Miano, Carolina Bianchi, Chico Lima, Eduardo Bordinhon, Felipe Marcondes, Gabriel Bodstein, Giuli Lacorte, João Victor Cavalcante, José Artur Cam-
pos, Kelner Macedo, Maico Silveira, Murillo Basso, Rafael Limongelli, Rodrigo Andreolli, Tomás Decina, Tomás de Souza, Wallace Ferreira e Blackyva. Produção (Brasil) /// AnaCris Medina y Lu Mugayar. Distribuição e produção Internacional /// Carla Estefan. Design de som /// Joana Flor Luz /// Alessandra Domingues. Fotos /// Mayra Azzi. Colaboração treinamento 2a temporada /// Carolina Mendonça. Registro vídeo /// Fernanda Vinhas. Tradução italiano /// Paula Carrara. Desenho programa /// Emily Dickinson por JoanaFerraz
Pesquisa de trilha sonora /// Carolina Bianchi. Figurinos /// Antonio Vanfill e Carolina Bianchi
Efeitos especiais terror /// Gustavo Saulle e MaicoSilveira. Confecção de objetos de cena /// Tomás Decina, Nelson Feitosa e Rafael Limongelli. Comunicação /// José Artur Campos
Apoios /// Rodrigo Andreolli, Pequeno Ato, Capital 35, CASA PALCO e Teatro de Contêiner SP e Cia Mugunzá, Estúdio URUBU e todas as pessoas que contribuíram no Catarse.
"Odisseia: o desaparecimento do público” foi um processo aberto ao público que marcou os 10 anos da Companhia Hiato. O processo aconteceu em 8 Cantos: 8 experimentos cênicos que foram, a um só tempo, células de pesquisa abertas a inscritos e também etapas da criação do espetáculo Odisseia.

O primeiro Canto desenvolvido foi 'O Corpo Sobrevivente' que teve coordenação de Thiago Amaral e aconteceu em formato de residência, com duração de três semanas e 2 aberturas públicas em setembro de 2017 na Casa Palco, São Paulo.
Cada artista residente foi convidado a pesquisar um personagem da Odisseia.

O vídeo filmado e editado por Juliana Semeghini e dançado por Debora Rebecchi é resultado da pesquisa do corpo-campo com base na figura de Penélope da Odisseia. Filmagens na escadaria do Bexiga. Data: 21 de setembro de 2017.
Uma mulher dança cada ruído, cada interferência da rua e canta o fado do amor invisível. Dança o delírio de recriar o outro a partir da espera e das suas ausências.



COLABORAÇÕES | ESTUDOS
Residência artística do festival DANZAFUERA 2016 que teve o propósito de realizar uma peça coreográfica consequente com o espaço, a história, patrimônio e cultura da cidade de La Plata. A residência aconteceu em formato intensivo, durante duas semanas no Parque Alberti, onde se realizou parte da quarta edição do Festival.
O projeto de montagem não convencional aconteceu com artistas de diferentes áreas, teatro, dança, cinema, circo, artes visuais e o resultado da pesquisa teve uma apresentação pública no encerramento do festival.
Coordenação: Julieta Ranno
Colaboração artística: Denisse Van der Ploeg

RESIDÊNCIA ÁGORA

A Ágora (do grego reunião) era a praça pública onde confluía a vida social, política, artística e filosófica de Atenas.
Espaço de tensões e beleza. O mundano e o sublime: uma mescla.
Pensar o corpo como uma ágora. Os corpos juntos como uma soma de singularidades complexas.
Reunidos perto da árvore que se equivocou; exibida com suas raízes e sua intimidade invertida.
Todxs expostxs e invertidxs, dançando o espaço através do erro, a outra cara do movimento, sua bunda.
Uma dança fundamentada no príncipio da incerteza. A imprecisão em expansão infinita.
Juntxs mas longe sendo ágora no ágora mesmo.

fotos: Braian Kobla
https://danzafuera.wixsite.com/festival

Compartilhamento público do laboratório de pesquisa coordenado por Federice Moreno Vieyra realizado em dezembro de 2016. Com Agustin Soler, Cristian Reyes, Debora Rebecchi, Esteban Bernabé Torino, José Ignacio Gacitua Venegas, Lisa Coppi, Lorena Stadelmann, Maria Alejandra Fauquie, Moira Maillmann. Colaboração: Antonia Paz Galleguillos.

O laboratório e a abertura aconteceram no CLUB CAFE MÜLLER TERRITORIOS.

ESPACIO PARA LA PROXIMIDAD.

CAFE MÜLLER es un espacio de danza dedicado a la creación y el desarrollo de las artes escénicas, gestionado por un colectivo de artistas.
Este proyecto responde a una necesidad, a una pulsión generacional. Un modo de resistir. De fabricar un futuro para nuestra danza, de re-imaginarlo.
Buscamos incentivar y agitar nuestro entorno inmediato.
Somos artistas y sentimos que nuestra necesidad es también una responsabilidad, la de concretar y compartir nuestros sueños, que muchas veces coinciden y reflejan las necesidades de nuestro tiempo y de nuestra sociedad.

CAFE MÜLLER CLUB DE DANZA es hoy en día un espacio en crecimiento y transformación constante, que responde al auge de una nueva danza; una danza sumergida en un entorno que se muestra fértil, colmado de agitación y florecimientos.

https://www.facebook.com/Cafe.Muller/

fotos: Thai Leão
"QUE O PENSAR DOS OUTROS e o meu próprio pensar, que também o que se via, e sentimentos, atos, e o que me circundava, a mim, e aos outros, era apenas Esboço, foi a única nitidez que consegui expelir em toda a vida esboçada. Por isso, a tudo o que diziam, eu repetia Esboço." Hilda Hilst, conto Esboço, livro Rútilos.

ESBOÇO foi uma intensa pesquisa realizada em 2013 e 2014 por Debora Rebecchi e Marisa Paiva, com colaboração de Murillo Basso acerca do universo de Hilda Hilst.

Transportar a literatura para o espaço-tempo e esboçar, a partir de dois corpos, o universo complexo de Hilda Hilst. Como dar conta da complexidade das imagens e sensações tão bem arquitetados? Como traduzir teatralmente o tal Esboço?

De início, a palavra.

Entendemos a palavra como possibilidade tridimensional de existência, como desenho impresso no espaço. Palavra emitida é palavra que ganha vida e corpo na cena, palavra que corre, rasga, espanca, conforta, dilata, contrai. A pesquisa compreendeu a emissão da palavra como ritmo, sonoridade, musicalidade e arquitetura no espaço. A palavra falada no espaço vazio, por si só, constrói um mundo.

O ESBOÇO como máxima e única possibilidade, configurando uma cena que se constrói e destrói no momento em que se faz; que arrisca, rabisca, escreve e apaga o percurso de duas atrizes-Riolo no confronto com uma obra literária que anseia ganhar vida.

Ampliar o sentido de Riolo, narrador de Esboço, presentificando-a na ação de duas atrizes que se dão conta da impossibilidade. A cena-esboçada está pouco interessada nas certezas. Buscar a instabilidade, o abismo, o prazer de arriscar um passo de dança, a tentativa e o erro. Uma poética esboçada.

fotos: Murillo Basso